quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Emoções, mente e espírito

Vários médicos e terapeutas concordam que a saúde é "um trabalho interno". Isto significa que os componentes mais essenciais para manter nossa saúde, tais como, força vital, homeostase, regeneração e reparação, não são dados a nós por outros, mas nascem dentro de nós. Este poder curativo é inato aos organismos vivos, mesmo os mais complexos como o nosso. Ele nasce conosco e está presente dentro de cada um de nós.
A cura é um processo, não um evento mágico. Nada é adicionado ao nosso corpo ou à nossa mente, assim como nenhuma parte é eliminada.
Todos nós conhecemos alguém que teve um problema de saúde e, a despeito do mais sofisticado cuidado médico (e muitas vezes com um prognóstico inicial favorável), piorou seu quadro e veio a falecer. Da mesma maneira que conhecemos histórias de pessoas com doenças consideradas "terminais" e desenganadas pelos médicos que, para espanto destes, se recuperam e tem uma vida longa, produtiva e saudável.
Muitos desses casos são assuntos proibidos, pois não se encaixam na visão da medicina ortodoxa. Para estes profissionais, agentes como drogas, radiações e cirurgias são determinantes na recuperação da saúde. Acreditar que a cura ocorreu a partir do próprio indivíduo é incompreensível para eles.
A visão holística ensina que os seres humanos são mais do que apenas um corpo físico, e que emoções, pensamentos, atitudes e espiritualidade desempenham um papel essencial no processo de cura. Diferentemente da visão médica predominante de que há "uma causa" e "uma cura" para a doença, a visão holística ressalta que a saúde e a doença dependem de um dinâmico, e freqüentemente sutil, equilíbrio entre os aspectos físicos, mentais, emocionais e espirituais de nossas vidas, além de nosso relacionamento com o meio ambiente onde vivemos.
A ciência descobriu nos últimos anos aquilo que os povos antigos já diziam a milhares de anos. Este "novo" campo se chama psiconeuroimunologia, que identifica a ligação entre a mente, o cérebro e o sistema imunológico, e determina como estes se comunicam entre si. As descobertas nesse campo nos mostram como nós mesmos e as situações que ocorrem em nossas vidas afetam nossa resposta imunológica.
Não é necessariamente o estresse que leva à doença, mas sim como nos adaptamos a tais estresses. E muito do como nos adaptamos é baseado em nossas perspectivas sobre nossas vidas, muitas das quais trazemos desde a infância.
Quando uma situação estressante acontece (a perda de alguém que amamos, uma tarefa difícil, ou uma mudança no status econômico), nós tendemos a olhar para o problema através de nossas velhas perspectivas. Se formos rígidos, e fixamos nossas perspectivas sobre como nossa vida "deveria ser", teremos muito mais dificuldades para lidar com os eventos que atingem e alteram nossas vidas. Ao invés de sermos estimulados para a ação, esses desafios podem conduzir ao medo e à paralisia.
No contexto holístico, doença nunca é vista como punição. Mas sim, como o resultado de um desequilíbrio entre os aspectos físico, emocional, mental e espiritual de nossa vida. Ao contrário de serem vistos como "maus", os sintomas são a maneira que nosso corpo nos diz que algo está errado. Eles são uma reação de alerta, uma mensagem que nos diz que precisamos mudar algumas velhas atitudes, perspectivas e hábitos em nossas vidas, que possam estar contribuindo para o nosso problema. Se formos sensíveis aos mais súbitos sinais de nosso corpo, podemos lidar com o problema antes que ele se torne mais sério.
A doença nos força a fazer escolhas. Enquanto nossas escolhas são baseadas no medo e em outras perspectivas limitadas, frequentemente sofremos mais, enquanto que aquelas baseadas na busca do conhecimento nos levam por um caminho mais fácil. Tais escolhas podem envolver uma maior harmonia e realinhamento interior, mudando um padrão emocional destrutivo, abandonando velhos ressentimentos, e buscando entender os aspectos mais difíceis de nossas vidas no passado.
Muitos dos que se viram livres de sua doença ou de sua dor possuem algumas características em comum, e algumas delas estão listadas abaixo:
  • Possuem senso de responsabilidade pessoal sobre sua saúde e sobre como podem influenciá-la.
  • Possuem um propósito na vida.
  • Quando acometidos por uma doença, buscam novas razões para suas vidas.
  • Aceitam a realidade de seu diagnóstico, mas se recusam a acreditar que suas vidas nunca mais serão saudáveis e alegres.
  • Possuem uma habilidade em comunicar seus conceitos sobre seu problema e seu tratamento com os outros.
  • Possuem a habilidade de dizer NÃO para aquilo que não querem fazer.
  • Possuem grande sensibilidade para ouvir o seu corpo e suas necessidades.
  • Possuem expectativas favoráveis sobre o resultado de seu tratamento.
  • Assumem o controle das decisões que afetam diretamente suas vidas.
  • Desenvolvem um grande senso de humor e aprendem a sorrir.
  • São pacientes com suas expectativas e não esperam a resolução de seus problemas da noite para o dia.
  • Acreditam que ninguém sozinho pode curá-los, mas sim uma combinação de fatores agindo na direção da cura.
  • Não tem medo da vida.
  • São guerreiros.